quarta-feira, 17 de junho de 2009


Desde a forte “epidemia” do vírus HIV na década de oitenta e novamente no final dos anos noventa, a mídia e os governos de vários países conseguiram um excelente resultado na difusão de informações sobre a AIDS, o que representou uma grande diminuição de alienação dos jovens em todo o mundo sobre as formas de transmissão e de prevenção do vírus, suas consequências e a principal informação: a AIDS não tem cura. Por isso, podemos dizer que não é a alienação, na maioria dos casos, a maior responsável pelas contaminações que ainda ocorrem, mas a forma como a realidade da AIDS é vista.
O grande problema entre os jovens, faixa etária onde há maior contaminação, é a sua maturidade, a forma como encaram o sexo, a sexualidade e a própria AIDS. O primeiro tornou-se algo completamente banal pela mídia e poucas vezes é visto como um ato de amor antes de representar prazer e desejo. O segundo é tão banalizado quanto o primeiro, mas em contrapartida é pouco trabalhado pelos colégios e família, de forma que o jovem busca suas respostas em meios de comunicação e em amigos tão inexperientes quanto ele mesmo, gerando incertezas. E o terceiro é extremamente conhecido, mas as pessoas nunca pensam na possibilidade de acontecer com elas mesmas, muitos – garotos, em sua maioria – até andam com camisinha na carteira, mas ainda sentem vergonha de usá-la, acham que não é necessário ou simplesmente esquecem.
Mas ainda com essas situações, a camisinha é algo universal, pode ser usada por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, diferentemente das várias religiões existentes com diferentes normas que nunca atingiram completamente nem a maior parte das pessoas. Além de que existem pessoas sem religião.
Por esse motivo, levando em conta o fato de que os valores existentes e a forma com que as pessoas pensam e encaram assuntos relacionados ao sexo e à AIDS é que a forma mais rápida e eficaz de diminuição de casos do vírus é a correta veiculação das formas de prevenção e o quê o fato de ser soropositivo implica na sua vida, de um modo que não instigue os jovens a iniciarem suas vidas sexuais. E sempre trabalhar a questão da sexualidade com o jovem, dando-lhe base e segurança para que consiga alcançar sua maturidade e conhecimento para que possa ter plena consciência de seus atos e suas consequências.


Ana Luíza Farias Dos Martins Coelho

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