quarta-feira, 8 de abril de 2009

Cadê a porta?


Aquela era a casa. Sempre gostei muito dela. Tenho ainda boas recordações. As brincadeiras com os primos, as festas de pijama á noite com mas amigas, os cafés da manhã bem reforçados, as brigas com os irmãos, as histórias contadas pelo vovô, tudo isso ainda está gravado em minha memória. A casa era muito grande, tinha muitos cômodos, mas hoje moro eu e a Gisele.
Gisele sempre fora muito tímida e calada. Eu sempre gostei mais de conversar, de ir para as festa, chegava tarde em casa. Como era só eu e ela, na hora do almoço, a casa já estava toda arrumada e só sobravam alguns pratos para ser lavados. Nós à tarde,ficamos estudando e à noite Gisele sempre assiste a sua novela e vai dormir, eu saio, vou andar de bicicleta na pracinha, vou fazer compras, assisto a um filme e vou dormir depois de algum tempo.
Lembro-me bem daquela noite em que eu saí para um casamento e cheguei tarde em casa , fui pela porta dos fundos, que era mais provável estar aberta, mas não estava. Então fui pela porta da frente, chamei por Gisele, mas ela já estava dormindo. Lembrei-me de que tinha deixado a chave embaixo do tapete, abri a porta e escutei um barulho estranho que vinha da biblioteca, como se fosse destruí-la. Estava com medo e fui ao encontro de Gisele, mas ela não estava na cama. Fui, então, à biblioteca ver o que tinha acontecido. Chegando lá, vi que a porta não estava mais lá e encontrei com Gisele e ela disse:
- Derrubaram a porta e roubaram os livros.

Ana Eloísa Nóbrega Araújo-04, 2° ano A

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