segunda-feira, 30 de março de 2009


Esperar pela sua volta não estava sendo tão fácil quanto parecia, antes de sua partida. Ela sabia que a irmã deveria estar adorando poder experimentar novas e inusitadas situações. Só de pensar quantos lugares bonitos estavam sendo conhecidos, enquanto ela continuava a olhar para a mesma rua, pela mesma janela. Quantas comidas estranhas e sabores magníficos, a confidente estava tendo contato. Ou até mesmo, quantos meninos interessantes, ela topava pela rua, em uma simples ida à universidade. A espera valia à pena.
O que mais a entristeceu, durante todos esses meses, foi não ter aquela, a quem todos os seus segredos eram compartilhados. Era complexo não ter a quem confiá-los. Imaginava quantas horas teriam que passar juntas para que todas as novidades fossem postas em dia. Sabia que a irmã estava tendo um caso com um colega da mesma instituição e este, ainda por cima, era alemão. Só de imaginar em conhecer um estrangeiro, seus nervos pulavam de alegria, quanto mais se este fosse namorado daquela a quem a garota idolatrava.
O fato era que faltavam apenas poucos dias para a volta da irmã. Ao terminar de escrever uma redação sobre suas esperanças do retorno da melhor amiga, levantou-se e foi até a sala. Avistou uma carta, ainda lacrada, endereçada para ela e que havia chegado semanas atrás. A notícia era que a irmã regressaria mais cedo. A campainha tocou. A menina, ao abrir a porta, caiu em prantos de alegria.
Lívia Brandão Mota Cavalcanti - 2º A

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